Dou início hoje à publicação de álbuns de fotos que tirei, em anos anteriores, durante viagens a lugares que, por causa da pandemia, não posso por enquanto revisitar.

Começo com Aix-en-Provence.

Em Roma não está mais em Roma, ano passado, eu falava muito mais em Aix do que em Roma. A capital italiana só aparecia na citação de um verso de Corneille, que dava origem ao título da crônica.

Eu mencionava, no texto, não poder ir ao Festival de Ópera de Aix, o qual, de qualquer forma, tivera de ser cancelado por causa da COVID-19. A Malásia estava então, e está novamente agora, em confinamento total. Meu objetivo era procurar aceitar filosoficamente o isolamento criado pelo confinamento, que me impede de ver a minha família e de viajar a alguns lugares de que gosto. Aparentemente, toquei em um ponto sensível para muitos: Roma não está mais em Roma tornou-se o meu texto mais lido.

Em 2021, o Festival de Aix está acontecendo, neste exato momento. Não é certo que eu teria estado lá, se a pandemia nunca tivesse existido. Mas é certo que a pandemia transformou as viagens internacionais em um contratempo, se não, muitas vezes, em uma impossibilidade.

A primeira vez que fui ao Festival foi em 2008, com minha mulher e minha filha. Na noite da chegada à cidade, assistimos à produção de Abbas Kiarostami para Così fan Tutte. Foi inesquecível. Desde então, associo a imagem do cineasta à de Mozart e à de Aix.

Em um texto autobiográfico publicado em 1987, o historiador Georges Duby escreveu sobre a cidade: “Em que terreno mais fértil poderia eu perseguir minha caça à felicidade?”. Aix-en-Provence em julho, durante o Festival, é para mim um lugar feito para a felicidade.

As fotografias abaixo foram tiradas em dois anos diferentes, 2014 e 2017.

Digam o que acham.

Proximamente, prepararei um álbum sobre algum outro lugar.

Até breve!

P.S: Em julho de 2022, minha mulher e eu voltamos a Aix, para o Festival. A magia continuava intacta.

Digite seu endereço de e-mail para assinar este blog e receber notificações de novas publicações por e-mail.

21 comentários sobre “Álbum de fotos – Aix-en-Provence

  1. Maravilha, obrigada por compartilhar as fotos, principalmente as relacionadas a Cézanne!! Emocionantes! Saudações do cerrado coalhado de ipês! Nádia

    Em dom., 11 de jul. de 2021 às 10:14, Ary Quintella escreveu:

    > aryquintella posted: ” Dou início hoje à publicação de álbuns de fotos que > tirei, em anos anteriores, durante viagens a lugares que, por causa da > pandemia, não posso por enquanto revisitar. Começo com Aix-en-Provence. Em > Roma não está mais em Roma, ano passado, eu” >

    Curtido por 1 pessoa

  2. Maravilha de lugar! Amaria conhecer. Viajei nestes belíssimos registros. Parabéns! Aguardando mais… Abraço, Marília Machado Rio de Janeiro

    Obter o Outlook para Android

    ________________________________

    Curtido por 1 pessoa

  3. Passei uma temporada na casa da prima que mora numa vila com a linda vista da Montaigne Sainte Victoire. Talvez você a conheça pois trata-se da irmã da Tininha (ela está agora passando alguns dias lá) que foi quem me apresentou sua fantástica página que sigo sempre. Estou no final do livro que indicou do escritor suiço Joël Dicker: O Enigma Do Quarto 622. Gostei da forma como ele avança e volta no tempo. Lindas fotos dessa acolhedora e bonita cidade!

    Curtido por 1 pessoa

  4. Olá! Desde que minha prima Tininha, que por sinal está em Aix En Provence na vila da irmã que tem essa vista maravilhosa da Montaigne Sainte Victoire, me apresentou aos seus escritos, tenho visto todos. Estou no final do livro que você indicou do escritor suiço Joël Dicker: O Enigma do Quarto 622. Gostei da forma como escreve indo e voltando no tempo. Abraços!

    Curtido por 1 pessoa

  5. Que delícia de viagem! Tenho revisitado com frequência, minhas memórias de viagens e fotos, na esperança de poder, em breve, voltar a fazer o que mais gosto: conhecer novos lugares e voltar a lugares especiais. Fiquei com vontade de conhecer Aix-en-Provence!

    Curtido por 1 pessoa

  6. Caro Ary, como vai? Escrevo rapido para agradecer os dois ultimos posts, de fotos. Estão otimos. Muito bom ver as fotos das torres Petronas, que são não apenas emblematicas, mas têm ainda um apelo visual inegavel. Imagino que esta força estética seja ainda mais forte vendo-as ao vivo em Kuala Lumpur. Gostei de todas as fotos e, se tivesse que escolher, acho que escolheria uma ao pôr do sol, com as torres semi iluminadas. Alias, a vista do seu apartamento é belissima! Uma coisa que me agrada muito na imagem das torres gêmeas, e nas fotos que você tirou, é a sua localização, em destaque, com um parque à frente que parece muito bonito. Elas não estão rivalizadas por outros arranha-céus. Eu gostaria de saber se este parque em frente às torres é o parque do Burle Marx, que eu tanto admiro. Foi bom ver o seu post sobre as torres Petronas, pois semana passada eu estava justamente procurando na internet reações às novas torres Duo, do Jean Nouvel, em construção em Paris. Não sei se você ja as conhece, mas não lembro de ter visto edificios tão feios e tão agressivos com o entorno. Eu gosto de arquitetura moderna e tenho fascinação por arranha-céus, mas nem todo o mundo é Louis Sullivan ou Mies van der Rohe. As reações na internet são contrastadas: enquanto os franceses não conseguem formar uma opinião a respeito, os ingleses e americanos se mostram claramente horrorizados. Com razão. As torres em construção apostam tudo na proeza da engenharia, mas não apresentam – pelo menos em sua fachada – nenhuma solução estética interessante. Mesmo os edificios de La Défense se tornam interessantes em comparação. O contraste é tremendo quando se compara com o edificio da Foundation Louis Vuitton (Frank Gehry) e com a pirâmide do Louvre (Pei). Muito bom ver as fotos – belissimas – de Aix. Como dizia Duby, Aix é muito charmosa. Reconheço varios lugares. O belo palacete do século XVII é o da rue Celony, não? Espero que esteja tudo bem com você e que a situação em Kuala Lumpur esteja mais controlada. Aqui em Paris, depois de um desconfinamento totalmente irresponsavel e desorganizado, começa-se a falar de quarta onda no final do mês. Fico estarrecido com incapacidade do governo francês de gerir uma crise e de sua flagrante incapacidade de entender o que é uma pandemia e qual a sua gravidade.   Um abraço, Felipe  

    Curtido por 1 pessoa

    1. Obrigado, Felipe. Estava para responder ao seu mail. Você perguntava se tenho podido viajar. Não tenho. Aqui, estamos em lockdown total. Tenho um texto pronto sobre isso, ainda não publicado. Foi sua pergunta que me inspirou a escrevê-lo 🙂

      Curtir

  7. Também gosto muito de Aix. A última vez que fui aproveitei para visitar o Château La Coste que fica perto, você conhece? Vale a pena!
    As fotos estão ótimas, fico com a da Montagne Sainte Victoire …

    Curtido por 1 pessoa

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s